Além de dar vida aos ambientes, um belo jardim pode interferir positivamente na decoração e na harmonia da família. Por isso, as arquitetas e paisagistas Jaíce di Prospero e Marina Arakaki dão algumas sugestões que podem ser utilizadas em jardins internos, para quintais pequenos ou cantinhos externos.
Segundo elas, é possível optar por várias espécies ornamentais que incluem não só as floríferas, frutíferas e as de folhas vistosas, mas também as ervas e hortaliças. No caso de áreas internas, as espécies indicadas são: pleomele, ráfis, zamioculca, pata-de-elefante, bambu-mossô, palmeira chamaedorea, lança-de-são-jorge e lírio-da-paz.
Entre as frutíferas, as paisagistas sugerem a jabuticabeira ou a romã, contanto que elas fiquem próximas à janela para captar a luminosidade necessária. “Escolha vasos adequados ao porte das espécies”, recomendam. Em áreas externas, as possibilidades se ampliam. Havendo sol por algumas horas, de preferência na parte da manhã, é possível montar uma horta.
Montando um vaso
Ao montar sua floreira, jardineira ou vaso, se atente para que o modelo e o tamanho sejam compatíveis com a planta escolhida. “É imprescindível existir um orifício para escoamento de água. Sem ele, o substrato fica encharcado, contribuindo para o apodrecimento das raízes”.
A seguir, as paisagistas ensinam como montá-los:
Para garantir boa drenagem, deposite uma camada de argila expandida (ou cacos de telha, vaso ou pedriscos) no fundo do vaso;
Coloque uma manta de drenagem de poliéster (Bidim) entre a camada de drenagem e o substrato, impedindo que essas partes se misturem. Por ser permeável, o item funciona como um filtro, permitindo o escoamento da água, porém retém as partículas do solo;
Adicione uma camada de substrato preparado;
Desembale o torrão da muda com cuidado para mantê-lo intacto e assentá-lo na camada de substrato;
Complete os espaços ao redor com o substrato.
Como adubar e regar corretamente
Adube durante a implantação do jardim e repita o processo ao menos duas vezes ao ano. Já para a rega, não existe regra, vai depender do nível de umidade. “Em geral, o ‘teste do dedo’ vale para essa avaliação. Observe: se ao passar a mão, a terra nem ficar grudada, está na hora da rega”, ensinam as especialistas.
Mas, como toda regra tem exceção, as espécies como zamioculca, lança-de-são-jorge ou outras que abrangem as suculentas (cactos e violetas, por exemplo) devem ser regadas quando a terra estiver totalmente seca, evitando o excesso de água. Por isso, a dica é: não misture espécies com necessidades diferentes num mesmo canteiro ou vaso.
Plante temperos
Se você se preocupa com a qualidade de vida e alimentação saudável, vai adorar cultivar os seus próprios temperos em casa. Jaíce e Marina ensinam como fazer:
Para plantar, você vai precisar de:
Vasinhos de cerâmica, latinhas de alumínio, recipientes de achocolatado, garrafa pet na vertical e cortada ao meio. Vários materiais recicláveis podem ser usados, desde que tenham de 15 a 20 cm de diâmetro.
Mudas de salsinha, cebolinha, orégano, tomilho, manjericão, hortelã, pimenta etc.
Para montar, basta repetir os passos relacionados para o plantio da floreira, mas se atente para que o substrato escolhido seja de melhor qualidade, de matéria orgânica pura.
“Outra opção é fazer uma horta de parede, como a da foto. Basta dispor os vasinhos pendurados ou acomodá-los num painel com vários nichos”, ensinam as paisagistas. “A horta é uma ótima pedida para quem não tem muito tempo. As mudas citadas são ideais porque podem ser consumidas e vão se renovando por um bom tempo. Já a alface, por exemplo, acaba à medida que é consumida e necessita de reposição, de uma nova muda”.
Decore o seu jardim
Valorize o seu jardim ou, até mesmo, um vaso com luminárias, fontes, lanternas, comedouros ou esculturas próximas ao local. Você pode cobri-lo com pedriscos, seixos, pedras semipreciosas, casca de pinus em diversos tamanhos e cores, flocos de cerâmica, raspas de pneu coloridas, sementes, folhas desidratadas etc.
“Sua escolha dependerá do estilo do jardim e preferências pessoais. Em se tratando de elementos com volume, não se esqueça de pensar nas proporções em relação às plantas”, ressaltam as paisagistas.
Uma finalização unânime, segundo elas, é a cobertura com casca de pinus. É leve, atóxica, mantém a umidade, tem um custo-benefício bastante aceitável, protege o substrato, minimiza o espaçamento entre mudas e não interfere muito na composição cromática do ambiente, além de ser fácil sua manutenção e manuseio.
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