A correria do dia a dia, as cobranças e as tragédias noticiadas têm aumentado o número de casos de ansiedade, insônia, pânico e estresse. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a pandemia causada pelo vírus da COVID-19 pode ter causado uma crise global, visto que houve um aumento de 25% dos casos de depressão e ansiedade somente em 2020.
Dados como esses mostram como investir em autoconhecimento é essencial para ajudar a lidar com os problemas externos. Isso significa conhecer os próprios limites, formas de agir e sentimentos mais profundos. Esse movimento, por sua vez, possibilita compreender capacidades e qualidades próprias que, antes, eram despercebidas.
Importância do autoconhecimento
Para os especialistas, entender quando o sinal de alerta acende é fundamental. De acordo com Aline Melo, psicóloga do Centro de Atenção Integral à Saúde – C.A.I.S., do Grupo São Cristóvão Saúde, a auto-observação e o autoconhecimento são excelentes formas de percebermos quando algo não está em equilíbrio. Ela também recomenda a meditação como forma de ajudar o paciente a entrar em contato com as próprias emoções
” Silenciar nossa mente e entrar em contato com nosso íntimo pode nos sinalizar sobre sentimentos que a correria do dia a dia, muitas vezes, não nos deixa perceber. Cultivar essas possibilidades de autocuidado ajuda a evitar maiores problemas emocionais e a reconhecer quando precisamos de auxilio para lidar com algo que esteja gerando sofrimento”, afirma Aline.
Fatores que aumentam os riscos de doenças psicológicas
De acordo com a psicóloga Aline Melo, a exposição constante ao estresse, as pressões do dia a dia, as cobranças (externas e internas) e o excesso de competitividade são os principais fatores que podem levar ao adoecimento psíquico. “Caso não tenhamos uma percepção mínima sobre nossas emoções, limites e fragilidades, podemos vivenciar transtornos como ansiedade, depressão ou síndrome do pânico”, explica a psicóloga.
Confira outros fatores que podem contribuir para os transtornos mentais:
fatores ambientais: relacionados ao estilo de vida estressante e às condições de trabalho impróprias;
fatores socioculturais: como problemas financeiros e políticos;
fatores genéticos: que incluem histórico de doenças mentais na família.
Pacientes mais afetados por transtornos psicológicos
Um estudo da Longitudinal da Saúde do Adulto (Elsa-Brasil), no Estado de São Paulo, mostra que as pessoas mais afetadas pelos transtornos são jovens, do sexo feminino e com menor nível educacional público. Os especialistas ressaltam que o investimento na saúde mental possibilita que as pessoas reconheçam limites, aceitem os desafios da vida, saibam pedir ajuda e, principalmente, estejam de bem consigo mesmas e com os demais.
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