O Dia Internacional das Pessoas com Deficiência é comemorado em 3 de dezembro. A data foi criada em 1992 pela ONU (Organização das Nações Unidas) e tem por objetivo promover a reflexão sobre a necessidade de acessibilidade e inclusão social para todas as pessoas, principalmente para termos consciência e mudança atitudinal com relação ao reconhecimento da singularidade de todos os sujeitos.
Igualmente, se faz importante a consideração sobre os enfrentamentos das pessoas com deficiência em espaços não acessíveis, ou seja, ambientes deficientes, que não respeitam um desenho arquitetônico ou linguagens comunicacionais que atendam a todas as pessoas com diversidade, seja ela linguística, física, intelectual, auditiva, visual ou neurodiversa.
Exercendo a cidadania com empatia
Neste dia devemos, acima de tudo, celebrar nossas conquistas na luta pela acessibilidade, igualdade e equidade de oportunidades para todas as pessoas com deficiência. Além disso, temos que exercer a cidadania com empatia.
Cabe-nos lembrar sobre o nosso respeito com relação aos direitos das pessoas com diversidade, como em situações em que existem vagas preferenciais, banheiros e locais reservados para atender às suas necessidades. Sabemos que existem muitas deficiências, mas a maior delas é lidar com a falta de consciência e sabedoria das pessoas que não exercem o respeito e empatia nas ações no dia a dia.
Acessibilidade não é caridade
Promover a acessibilidade não é caridade, é um direito legal para dar a todos a oportunidade igual de ter acesso a recursos que vão desde a educação até a qualificação, visto que é um direito garantido por lei e promovê-la garante que todas as pessoas possam ter acesso aos mesmos meios independente de suas limitações físicas, sensoriais ou cognitivas.
Formas de promover a acessibilidade
Abaixo, veja algumas maneiras de promover mais acessibilidade:
Disponibilizar informações sobre acessibilidade no convite do evento;
Adaptar o espaço físico para garantir a circulação de cadeiras de rodas e outros equipamentos de mobilidade;
Disponibilizar intérpretes de libras (Língua Brasileira de Sinais) para pessoas com deficiência auditiva;
Disponibilizar cardápios em braile ou em formatos acessíveis para pessoas com deficiência visual;
Não ocupar indevidamente as vagas preferenciais, banheiros ou locais reservados às pessoas com deficiência;
Usar o diálogo como uma ferramenta de instrução, respeito e empatia;
Perguntar ao outro como ele gostaria de ter atendido em suas necessidades;
Dirigir-se diretamente a pessoa e não ao seu acompanhante ou cuidador;
Jamais tratar o outro como incapaz ou deficiente;
Olhar para o outro como legítimo em sua singularidade.
Por Maria Dolores Fortes Alves
Tem artrite reumatóide, mas nunca desistiu de estudar e diz que “adora voar alto e chamar outros a muitos voos”. Entre outras formações, é doutora e mestre em Educação, mestre em Psicopedagogia e Pedagoga. Entre os livros lançados, está “Favorecendo a inclusão pelos caminhos do coração” (Wak Editora).
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