Fazer exercícios pode ser muito desafiador para algumas pessoas. Mas manter a disciplina e encontrar uma modalidade que seja prazerosa de realizar são peças-chaves para se movimentar e conquistar um estilo de vida mais saudável. O Dia Nacional de Combate ao Sedentarismo, 10 de março, é uma data criada para conscientizar a população sobre os perigos que a inatividade, comum entre os brasileiros, traz. Por isso, listamos 3 benefícios pouco conhecidos da prática de exercícios físicos. Confira!
1. Promove ação anti-idade na pele
Uma série de mecanismos estão envolvidos na ação anti-idade proporcionada pelos exercícios físicos. “Os exercícios físicos aumentam o aporte sanguíneo para a pele, melhorando a função das células e, consequentemente, a hidratação. O colágeno e a elastina, responsáveis pela firmeza e elasticidade da pele, também são estimulados pela atividade física”, conta a Dra. Cintia Guedes, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Além disso, ainda de acordo com a médica, praticar atividade física ajuda a combater o processo de envelhecimento do tecido cutâneo, uma vez que os exercícios têm ação anti-inflamatória e diminuem a produção de radicais livres.
Outro benefício antienvelhecimento é a utilização adequada da energia proveniente do carboidrato, por exemplo, o açúcar que consumimos. A cirurgiã plástica Dra. Beatriz Lassance, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), explica que o consumo excessivo de açúcar leva ao aumento do estresse oxidativo e à glicação do colágeno. “Um processo no qual o açúcar excedente liga-se às fibras de sustentação da pele, acelerando o aparecimento de flacidez e rugas”, diz.
2. Previne problemas articulares
Pacientes sedentários apresentam diminuição da massa muscular, com consequente perda de proteção das articulações. Então, a prática de exercícios é fundamental para a manutenção da saúde das articulações.
“Os exercícios beneficiam diretamente as articulações de três maneiras: ajudando na manutenção do peso corporal; ativando a circulação do líquido sinovial, que nutre a cartilagem através do processo de embebição; e fortalecendo a musculatura, que exerce um efeito de proteção das articulações através da melhora do desempenho biomecânico e sustentação do esqueleto”, explica o Dr. Marcos Cortelazo, ortopedista especialista em joelho e traumatologia esportiva, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).
O profissional ainda lembra que as articulações foram feitas para serem movimentadas. “Se ficam paradas por muito tempo, as articulações sofrem um processo de atrofia e rigidez que causa dor”, acrescenta o especialista. Não é preciso ir longe para experimentar todos os benefícios proporcionados pelos exercícios. “O recomendado é realizar semanalmente 150 minutos de exercícios físicos de intensidade moderada. Mas qualquer atividade já pode trazer benefícios, como aumentar o número de passos por dia e subir escadas”, finaliza a Dra. Beatriz Lassance.
3. Auxilia na fertilidade
Vários estudos relatam que a atividade física, se não desgastante, feita sem o uso de esteróides e com alimentação adequada, é capaz de conferir benefícios sobre a fertilidade, com maiores chances de o indivíduo conceber um filho.
“Um dos grandes benefícios do exercício físico com relação à fertilidade está no melhor controle do peso. A obesidade, além de favorecer o surgimento de doenças que podem causar problemas durante a gestação, tem influência direta sobre a fertilidade”, conta o Dr. Rodrigo Rosa, especialista em reprodução humana e diretor clínico da Clínica Mater Prime, em São Paulo.
Segundo o médico, no caso específico dos homens, o excesso de gordura corporal prejudica a produção de testosterona. Com a alteração desse hormônio, pode-se reduzir o apetite sexual e causar dificuldades de ereção, bem como interferir na qualidade e quantidade de espermas. “No geral, quanto maior o sobrepeso, menor é a qualidade, a concentração e a mobilidade do esperma”, ressalta.
Nas mulheres, o médico pondera que o peso inadequado interfere na produção dos hormônios sexuais femininos, principalmente o estrogênio, o que, consequentemente, atrapalha o processo de ovulação. “E, nesse caso, não se trata apenas da obesidade, já que mulheres excessivamente magras, como quem sofre de anorexia, também têm menor chance de engravidar, além de possuírem um risco maior de entrar na menopausa precocemente”, acrescenta o profissional.
Por Guilherme Zanette
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