A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente os pulmões, mas também pode acometer outros órgãos. Causada pelo bacilo de Koch, uma bactéria chamada Mycobacterium tuberculosi.
Segundo informações do Ministério da Saúde (MS), em 2022, cerca de 78 mil pessoas adoeceram por tuberculose no país, um aumento de 4,9% em relação a 2021. E os dados não param por aí, a pesquisa ainda aponta que, em território nacional, a cada ano são notificadas cerca de 4,5 mil mortes em decorrência da tuberculose. Uma alternativa que pode ajudar a combater a doença é o diagnóstico precoce.
Formas de transmissão
A transmissão acontece por via respiratória, por meio da tosse, fala ou de espirros de uma pessoa infectada. O bacilo é sensível à luz solar e a circulação de ar ajuda na dispersão de partículas, por isso é importante manter ambientes ventilados e com luz natural para diminuir o risco de transmissão.
Sintomas da tuberculose
Entre os sintomas mais comuns da tuberculose, estão a tosse seca ou com catarro por três ou mais semanas, febre vespertina, sudorese noturna e emagrecimento. Ao observar esses sintomas, é fundamental procurar um médico.
Diagnóstico da doença
Segundo o médico infectologista Alexandre Cunha, do Sabin Diagnóstico e Saúde, o diagnóstico da doença é rápido e muito assertivo. “[O diagnóstico é] feito por exames como a baciloscopia e exames de biologia molecular, como PCR, e também de cultura, todos realizados com amostra de escarro. Além de exames de imagem, como radiografia e tomografia de tórax”, explica o profissional.
Em caso de diagnóstico positivo, o tratamento deve ser iniciado imediatamente a partir de medicamentos. “Apesar de ser uma doença descoberta há séculos, que já possui uma vacina segura e eficaz, diagnóstico rápido e cura, a tuberculose ainda afeta milhares de pessoas mundo afora e segue ocasionando óbitos”, alerta o especialista.
Importância da vacinação
De acordo com dados do Ministério da Saúde (MS), nos últimos anos houve uma redução importante da cobertura vacinal da BCG, até 2018, o índice de vacinação estava acima do patamar de 95%. Porém, desde 2019, a cobertura não ultrapassa os 88%. Essa queda representa aumento do risco de casos graves e óbito pela doença.
“A vacina BCG (bacilo Calmette-Guérin) é a principal medida preventiva. O imunizante protege contra formas mais graves da doença e deve ser aplicado ainda na infância, entre o nascer e até completar 5 anos”, conclui o Dr. Alexandre Cunha.
Por Anne Candal Pinheiro
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