Você quer viajar para o Chile sem perrengues? Se você está começando a organizar a sua viagem, precisa ler este texto antes de fazer as malas. Aqui estão reunidas 7 dicas muito bacanas que ofereço aos meus seguidores e também no meu trabalho de assessoria personalizada de viagem para pessoas que querem conhecer o país sem perder tempo e de acordo com o seu bolso. Leia tudo a seguir!
1. Como chegar ao Chile?
Antes de tudo, se você pretende conhecer o Chile, vai precisar comprar o seu voo para o aeroporto de Santiago – Aeropuerto Arturo Merino Benítez. Pode ir de ônibus ou carro, mas eu não recomendo pelo tempo de viagem ser muito longo. E se quer ir para outra região do Chile, como o Deserto do Atacama, a porta de entrada continua sendo o aeroporto de Santiago.
Com apenas 4 horas de voo saindo de São Paulo, o Chile é um destino muito procurado por brasileiros –
estima-se que são cerca de 550 mil visitas de turistas de todo o Brasil por ano. O aeroporto está localizado a 20 minutos do centro de Santiago e cerca de 30 minutos dos bairros de Providencia, Las Condes e Vitacura, regiões que eu mais recomendo para hospedagem.
Terminal internacional (T2)
Em 2022 foi inaugurado terminal internacional (T2), chamado Nueva Pudahuel, onde chegam os voos provenientes de outros países. E o bom é que com a mudança, ficou muito mais fácil se encontrar na hora do desembarque e embarque. Além de um terminal mais moderno e cômodo, de acordo com a recepção que Santiago oferece, está tudo mais informativo e rápido para quem chega ou vai de viagem.
Além disso, há diversos serviços disponíveis, como restaurantes e lanchonetes, lojas, farmácias e estacionamentos próximos. Dá para ir de ônibus do aeroporto até o centro de Santiago, ainda mais se prefere economizar. Aliás, no site do aeroporto de Santiago, há um mapa com os transportes oficiais, que conectam com o metrô.
Ruta Maipú, metrô e TurBus
A Ruta Maipú (realizada pela Centropuerto) parte de ônibus do aeroporto até o metrô Los Heroes (L1 e L2), todos os dias, e tem várias paradas. Os ônibus saem a cada 20 minutos das 6h às 23h30 no trajeto aeroporto – metrô Los Heroes. Depois desse horário, a cada 1 hora, da meia-noite às 5h da manhã.
Já do metrô para o aeroporto, o horário é das 6h às 22h30. Ida e volta tem o valor de CLP $3.400 (R$20) e só um trecho de CLP $1.800 (R$10,58). As tarifas são pagas em dinheiro, diretamente ao condutor do ônibus. Já o TurBus Aeropuerto parte do aeroporto até o Terminal Alameda (Estação Central), todos os dias, das 5h30 às 23h35 (ida e volta).
Transfer
Para quem prefere comodidade e segurança para chegar ao hotel, o melhor é optar pelo transfer. E vale a pena agendar o serviço antes para não cair em furadas. A princípio, a chegada ao aeroporto de Santiago é um pouco tumultuada e os golpes são comuns. Então, o melhor é ter alguém de confiança te esperando, de preferência com uma plaquinha com seu nome.
2. Documentos para entrar no país
Brasileiros não precisam de passaporte para entrar no Chile, apenas do RG (é recomendado que a identidade tenha menos de 10 anos de uso). A habilitação não serve como documento para entrar no país, mas se você pretende dirigir no Chile vai precisar dela. Agora, se você tem passaporte e quer usar na sua viagem para o Chile, ele precisa estar dentro do prazo de validade e será carimbado na imigração.
O comprovante da vacinação para Covid é exigido, nem sempre pedem para ver, mas recomendo que tenha o comprovante em mãos. É exigido o esquema de vacinação completo, com isso se entende que são duas doses, mais que isso é reforço. Caso não tenha o comprovante de vacinas, é preciso apresentar o teste de PCR com resultado negativo, feito dentro das 48 horas antes do embarque. Mas o comprovante de vacinação não é exigido para menores de 18 anos. Aliás, nenhuma outra vacina é exigida, além da Covid.
3. Pagamento dos gastos durante a viagem
A moeda daqui é o peso chileno. Trocar dinheiro é fácil, pois todas as casas de câmbio fazem troca de real por peso chileno. No aeroporto, a cotação é pior que no centro da cidade, mas costuma ser melhor que no Brasil. Você pode fazer o câmbio na Rua Agustinas, pertinho do Palácio La Moneda.
Já a Rua Pedro de Valdivia, no bairro Providencia, também tem lojas, e pode até ter um câmbio mais favorável que no centro. Recomendo também o uso de cartões mutimoedas como o Wise e o Nomad. Eles são bem aceitos no Chile e uma excelente opção para quem não quer viajar com muito dinheiro em espécie.
4. Período para apreciar a neve no país
O mês mais certeiro da neve é julho; por isso, é o mês que tudo fica mais cheio. Há quatro estações de neve próximas a Santiago: Farellones, Colorado, La Parva e Valle Nevado. Se a sua intenção é só se divertir e conhecer a neve, o ideal é parar em Farellones. Afinal, a estação tem tobogã e tirolesa que fazem a diversão da galera e dá para fazer uma visita rápida nas outras para tirar fotos. Mas, se quiser esquiar, o melhor é subir para El Colorado, La Parva ou Valle Nevado. No sentido Mendoza, Argentina, passando pela estrada Los Caracoles, tem o Centro de Ski Portillo.
5. Melhor bairro para se hospedar em Santiago do Chile
Isso depende do que você procura. Eu, particularmente, gosto muito e sempre indico o bairro Providencia, pois lá tem vários comércios, restaurantes, fica pertinho do Shopping Costanera. Além disso, tem fácil acesso ao metrô. Outra boa opção é Las Condes, o bairro é lindo e supermoderno, com edifícios enormes e é bem empresarial. Também tem bons restaurantes, mas, dependendo do local, não tem estação de metrô por perto.
Já Vitacura é o bairro mais requintado. Possui bons restaurantes e excelentes hotéis, contudo, não tem estação de metrô. No centro de Santiago dá para fazer muita coisa caminhando, já que é perto de vários pontos turísticos, casas de câmbio e comércio. Porém, depois do período de protestos pelo qual o Chile passou e com a pandemia, o centro está bastante sujo, muito pichado e até perigoso. Apesar de ser muito movimentado durante o dia, é bem parado à noite, o que acho ruim.
Taxa de hospedagem
Na hora de pagar a hospedagem, saiba que turistas podem ficar isentos do IVA, a sigla para Impuesto al Valor Agregado. E vale muito a pena, pois o valor do IVA é de 19%. É o imposto que você paga para tudo que compra aqui no Chile: comida, bebida, passeios, hospedagem.
Você pode ficar livre de pagar o IVA na sua hospedagem pagando seu hotel em dólar, euro ou cartão de crédito internacional. Lembrando que o pagamento em cartão gera o IOF. Os cartões pré-pagos ou multicontas, como Wise e Nomad NÃO liberam o pagamento do IVA. Mas é bom consultar as condições no seu hotel antes.
6. Melhores passeios gratuitos
Existem muitos passeios que você pode fazer sem gastar nada. No centro, está o Cerro Santa Lucia. O parque é lindíssimo e você não paga nada para entrar. Para chegar é só descer na estação de metrô Santa Lucia. Outra opção é o Parque Araucano, localizado em Las Condes. Muito gostoso para caminhadas e ainda rende boas fotos. O parque fica ao lado do Shopping Parque Arauco. Vale fazer essa dobradinha e conhecer os dois lugares no mesmo dia. A estação de metrô mais próxima é a Manquehue.
No Parque Bicentenário, em Vitacura, você pode ver flamingos. Lá tem muitos brinquedos, logo, é ideal
para quem viaja com crianças. E ainda tem o restaurante Mestizo que vale conhecer. Para quem gosta de museus, Santiago tem vários que são gratuitos, como o Museu Bellas Artes, o Museu da Memória e Direitos Humanos e o Centro Gam, no bairro Lastarria. A Feira de Artesanatos Los Dominicos também é imperdível.
7. Vales vitivinícolas chilenos
O Chile é um país com território estreito (cerca de 180 km de largura) e muito comprido (média 4.300
km de comprimento). Está situado entre a Cordilheira dos Andes e o Oceano Pacífico, a topografia e o clima mediterrâneo formam um excelente ambiente para o cultivo das uvas.
Um dos meus passeios favoritos aqui é conhecer vinícolas. Gosto tanto que minha lista de visitas já passa
de 65 só no Chile. Para quem vem pela primeira vez ao país, recomendo visitar alguns dos vales vitivinícolas que estão mais próximos a Santiago: Valle Cachapoal, Valle Curicó, Valle Casablanca, Valle Colchagua e Valle del Maipo.
Transporte de vinho
Os vinhos aqui são de qualidade e com preços bem melhores do que no Brasil. Segundo a Receita Federal, é permitido transportar até 12 litros de bebidas alcoólicas sem pagar taxas na alfândega. Se cada garrafa tem 750 ml, então são permitidas 16 garrafas por pessoa. Lembrando que não pode ultrapassar os 23 quilos permitidos pelas companhias aéreas.
Lembrando que a Receita só permite a entrada de compras com o valor total de US$1.000. As companhias aéreas que fazem Brasil-Chile permitem até 5 garrafas na bagagem de mão. Mas atenção! É sempre bom confirmar essa informação com a sua companhia aérea.
Por Rosi Guimarães – Revista Qual Viagem.
Empresária e criadora do Nós no Chile. Seu objetivo é inspirar pessoas a conhecer o Chile, sem perrengues. O Nós no Chile é uma marca reconhecida entre brasileiros e chilenos, que oferece conteúdo de qualidade, dicas valiosas para quem busca um planejamento de viagem que dá certo.
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