O câncer de mama é o tipo de tumor que mais afeta mulheres e que mais causa morte entre elas. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), em todo o mundo, foram constatados por volta de 2,3 milhões de novos casos desse tipo de doença em 2020, representando cerca de 24,5% de todos os tipos de câncer diagnosticados em mulheres.
Em 2023, apenas no Brasil, foram estimados mais de 76 mil casos novos de câncer de mama, com um risco considerado de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres. Além disso, essa doença está em primeiro lugar quando falamos de mortalidade por câncer em mulheres. Em 2021, foram 18.139 mortes, sendo as maiores incidências e mortalidade nas regiões Sul e Sudeste do país.
O que é o câncer de mama?
O câncer de mama ocorre quando as células mamárias sofrem mutações genéticas que as fazem crescer de forma descontrolada e formar um tumor. Essas mutações podem ser causadas por fatores genéticos, hormonais, ambientais, estilo de vida, entre outros.
Esse tipo de câncer pode começar em diferentes partes da mama, como ductos ou glândulas produtoras de leite, e pode se espalhar para outras partes do corpo, como os gânglios linfáticos ou órgãos distantes, através do sistema linfático ou do sangue.
Identificando o câncer de mama
As chances de sucesso no tratamento dessa doença aumentam quando ela é diagnosticada precocemente. Por isso, é muito importante que haja um controle rígido pelas mulheres, pois o câncer de mama nos estágios iniciais, em geral, não apresenta nenhum sintoma, nem mesmo dores.
A seguir, o Dr. Andrei Gustavo Reginatto, ginecologista, mastologista e membro da Doctoralia, plataforma de saúde e de agendamento de consultas, lista quatro dicas que ajudam a identificar precocemente o câncer de mama!
1. Autoexame das mamas
O exame pode ser realizado pela própria mulher. Use a parte de baixo dos três dedos do meio. Além da mama, toque a região próxima ao ombro, pescoço e axila. Apalpando os seios, ajuda no conhecimento do próprio corpo. Entretanto, esse exame não substitui o exame clínico, realizado por um profissional de saúde treinado. Caso observe alguma alteração, procure imediatamente um mastologista.
2. Rastreamento
Todas as mulheres devem procurar atendimento médico anual para avaliação clínica e realização de mamografia de rotina a partir dos 40 anos. Devemos estar alerta, pois as incidências são mais altas nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, assim como citado acima.
3. Mamografia
Trata-se de um exame radiológico que tem como objetivo o rastreamento e diagnóstico precoce do câncer de mama. Nossa recomendação é a realização a partir dos 40 anos, juntamente com as consultas anuais.
4. Fatores de risco
Primeira menstruação antes dos 12 anos, menopausa após os 55 anos, primeira gestação após os 30 anos, uso de contraceptivos orais, reposição hormonal após a menopausa, idade acima de 50 anos, sedentarismo, obesidade, uso de bebidas alcoólicas e tabagismo, nos deixam um alerta. Já quando falamos de fatores genéticos, as mutações mais frequentes são nos genes BRCA1 e 2, que aumentam tanto o risco de câncer de mama como de ovário.
Por isso, é indicado que as mulheres estejam sempre com os exames em dia e mantenham uma rotina regular de consultas com seu médico. Ao constatar qualquer irregularidade, procure imediatamente um profissional de saúde.
Por Juliana Gusmão
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